Saturday, June 9, 2007

Correcção do 4º Teste

I

1. O motivo que originou o regresso do Bispo à Casa foi o facto de este não poder satisfazer a promessa que tinha feito ao Dono da Casa, tendo como principal objectivo a devolução dos dois cheques. O Bispo era de idade avançada, encontrava-se trôpego e com dificuldade em andar, tinha as costas curvadas, mãos trémulas e enrugadas, trazia os sapatos sujos de lama. Estava nervoso, ansioso e desejoso de pôr termo àquele assunto.

2. Esta afirmação significa que o Bispo ao receber o dinheiro em troca da promessa de mudar para outro lugar o padre de Varzim e assim conseguir um telhado novo para a Igreja da Senhora da Esperança, caiu em si, arrependendo-se, pois para além de ter de acusar o padre, considerou que também o estava a vender.

3. O nome da personagem é grafado desta maneira “O Dono da Casa” para nos transmitir a superioridade social deste homem, sendo ele o dono supremo de uma grande e rica propriedade.

4. Na opinião do Bispo, o Dono da Casa não acreditava no que lhe dizia, porque este vivia rodeado de uma grande quantidade de bens materiais, que teriam formado uma espessa barreira entre ele e a realidade. O Dono da Casa estava fechado na sua própria certeza, achando sempre que tinha poder sobre tudo e todos.

5. O tema deste conto são os negócios que podem existir num meio Clerical, baseando-se em jogos de interesses. Se analisarmos este conto, trata-se de um homem que pede favores a um Bispo, pagando-lhe.

6. A preocupação estética e expressiva da linguagem da autora, encontra-se presente em alguns passagens do texto: “O brilho da noite fazia luzir os azulejos azuis.” e “…a mão trémula apoiada no corrimão de pedra e musgo.”, onde é feita uma descrição cuidada e que transmite beleza. Também se encontram expressões que são usadas repetidamente para intensificar a ideia: “Trôpego, trôpego…” e “Depois, devagar,…”(que aparece duas vezes). São usados, ao longo de todo o texto, muitos adjectivos.

7. O narrador, quanto à presença, é heterodiegético, pois relata uma história à qual é estranho, não participa na acção. Quanto à focalização, o narrador é omnisciente, pois apesar de não participar na acção, ele sabe quais são os pensamentos das personagens.

8. Os modos de expressão presentes no texto são a narração (“Quando chegou ao cimo, o marido e a mulher já estavam na entrada.” e “Depois, devagar, continuou:…”) e descrição (“Na sala as cadeiras pareciam tesas, e espantadas… acordados pela luz.” e “Subia com pesados passos, costas curvadas… de pedra e musgo.”).

9. A finalidade daquela promessa era a obtenção de dinheiro para a construção de um telhado novo para a Igreja, sendo a contrapartida mudar o padre novo para outro lugar.

II

1. 1.1.A palavra “quem” tem a função de sujeito e a palavra “mo” tem a função de complemento indirecto - “me” - e de complemento directo - “o”.
1.2. O complemento directo é “este dinheiro” e o complemento indirecto é “a quem mo deu”.
1.3. Era provável que ele não pudesse cumprir a promessa e quisesse entregar a quem lho deu aquele dinheiro.

2. No modo de expressão de narração são usados tempos verbais no pretérito perfeito do indicativo e no modo de descrição são usados tempos verbais no pretérito imperfeito do indicativo.

3. 3.1. O pronome “lhe” tem como referente o Dono da Casa. O pronome “se” tem como referente o Bispo.
3.2. “Quando chegou ao cimo, o marido…” e depois é retomado “…disse o bispo ao Dono da Casa.”. É uma retoma por substituição lexical.

4. 4.1. O “que” tem a função sintáctica de complemento directo.
4.2. “O Dono da Casa não acreditou nas palavras que ouviu.”

III

Composição.

1 comment:

Manuel said...

Estás de parabéns, Joana.
realizaste um excelente trabalho.